O cranberry era usado por tribos indígenas como alimento, em cerimônias e como medicamento. A planta dá origem a um fruto vermelho bastante ácido atualmente usado para consumo direto ou na culinária. No Brasil, o mais comum é o consumo do suco.
É rico em proantocianidina, substância apontada por estudos como sendo de 15 a 25 vezes mais potente do que a vitamina E para inibir a aderência e evitar a translocação (saída do intestino para o trato urinário) de bactérias principalmente do tipo E.coli na mucosa da bexiga, combatendo infecções do trato urinário.
Os principais benefícios do cranberry são:
Para que serve o cranberry?
O cranberry é utilizado por pacientes com bexiga neurogênica, doença do sistema nervoso ou de nervos envolvidos no controle da micção, assim como por pessoas que sofrem de incontinência urinária com o objetivo de desodorizar a urina.
Algumas pessoas usam cranberry para aumentar o fluxo de urina, matar germes, acelerar a cicatrização da pele e ajudar a controlar a febre. A ingestão da fruta ainda é comum entre portadores do diabetes tipo 2, da síndrome da fadiga crônica, do escorbuto, da pleurisia, de câncer e de doenças cardiovasculares pelo alto teor de antioxidantes nela presentes. Estudos mostram ainda que a presença de proantocianidinas é capaz de impedir a fixação da bactéria Helicobacter pylori na mucosa estomacal, evitando, assim, gastrites e úlceras. Há evidências também de que o cranberry seja capaz de barrar a colonização de bactérias periodontopatogênicas, causadoras da placa bacteriana.
O consumo de cranberry é seguro para a maior parte das pessoas, desde que a ingestão não ultrapasse a quantidade diária recomendada (480 ml).
Para gestantes e mulheres no período de aleitamento só não é recomendada a ingestão de suplementos de cranberry, pois não se sabe se eles são seguros para este público, por não ter ainda estudo que comprovem sua segurança no uso e na quantidade.
O cranberry contém quantidades significativas de ácido salicílico, semelhante à aspirina, portanto deve ser evitado por pessoas alérgicas ao medicamento. Vale lembrar ainda que alguns sucos de cranberry têm açúcar de adição, não sendo recomendados por portadores do diabetes para esses pacientes o uso recomendado é da fruta in natura.
O suco de cranberry ainda é rico em oxalato, podendo aumentar os níveis dessa substância química na urina em até 43%. Como pedras no rim são formadas principalmente pela combinação de oxalato com cálcio, a ingestão máxima recomendada do suco para pessoas com histórico da doença deve ser estabelecida por um profissional de saúde.
Beber muito suco pode causar dor de estômago e diarreia leve.
O cranberry estende o tempo de permanência da varfarina, medicamento usado para retardar a coagulação do sangue, no organismo. Assim, o consumo por quem usa o fármaco pode aumentar o risco de hematomas e sangramento.
O cranberry diminui a velocidade com que o fígado metaboliza alguns medicamentos. Beber suco de cranberry durante um tratamento com medicação que é alterada pelo fígado, portanto, pode aumentar os efeitos esperados e os efeitos colaterais do remédio.
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United States Department of Agriculture
Nemzer BV, Al-Taher F, Yashin A, Revelsky I, Yashin Y. Cranberry: Chemical Composition, Antioxidant Activity and Impact on Human Health: Overview. Molecules. 2022 Feb 23;27(5):1503. doi: 10.3390/molecules27051503. PMID: 35268605; PMCID: PMC8911768.
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